Segundo informou a Rede Globo o número de praias afetadas pelas manchas de óleo no Rio Grande do Norte subiu para 43 nesta quarta-feira 2 de outubro.
Conhecidas no mundo inteiro por suas belezas, as praias do litoral potiguar sofrem, desde primeiros de setembro, com o surgimento de manchas de óleo de origem misteriosa que já poluíram 43 praias do litoral.
A lavagem de tanques de embarcações fora do porto é proibida, o material descartado é altamente poluente e a multa por tal prática varia entre R$ 50 e R$ 50 milhões, mesmo assim, desde o início de setembro, manchas de óleo escuras atingem centenas de praias e manguezais em todo o litoral nordestino.
A composição das manchas de óleo foi identificada como um hidrocarboneto derivado do petróleo conhecido como “piche”. De acordo com o Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFRN, ainda não à informações sobre a origem das manchas.
A professora Maria Cristina Araújo, do Centro de Pesquisas de Oceanografia da UFRN informou a rede globo que: “Embora o aparecimento das manchas no Nordeste seja relativamente recente, é provável que o descarte seja mais antigo, e o óleo se deslocou sendo trazido principalmente pelas correntes até as praias”.
Amostras do material foram recolhidas pela Marinha do Brasil e enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), no Rio de Janeiro. “Infelizmente a única opção é retirar todo o sedimento contaminado. Isso vai levar tempo, dinheiro e esforço. Já no mar, vai ser praticamente impossível, em virtude da dimensão da área afetada”, lamentou nossa professora.